“Nossa missão é fazer o CAPS funcionar como CAPS, para todos. Um lugar de acolhimento e escuta”, diz Fabiana Galvão, chefe de Saúde Mental que atua na unidade do Centro de Atenção Psicossocial, de Socorro. Para ela, entrevistada pelo Jornal O Município nesta semana, a principal missão é acabar com o preconceito e apresentar todas as suas atividades, para a comunidade. “É um trabalho de formiguinha”. Acompanhe:

70 pessoas/dia
Na função desde fevereiro, Fabiana Galvão fez mudanças internas e elaborou um fluxograma para saber de onde vem os pacientes,
entender suas demandas e propôs o projeto terapêutico singular, visando ofertar um atendimento personalizado e adequado às necessidades de cada um e para quais clínicas receberão atendimento, quando o caso é necessário.

Diariamente am em média, cerca de setenta pessoas no CAPS de Socorro. Dentre as principais queixas estão Ansiedade e depressão e transtorno de bipolaridade, além do acolhimento de dependentes químicos. “Muitas vezes as pessoas esperam demais até procurar atendimento, agravando a situação”, destaca.

“Aqui é um lugar de escuta, queremos tirar a pessoa do sofrimento. O que se fala aqui, permanece aqui. Contamos com psicoterapia em grupo ou individual, psiquiatria e atividades terapêuticas e com a frequência e empenho dos pacientes vejo muitos casos apresentando melhoras significativas”, completa. Alguns pacientes ficam o dia todo e outros participam de alguma atividade durante a semana. Recebem alimentação e atenção dos profissionais da saúde. Além das terapias cotidianas, as pessoas atendidas pelo CAPS participam de eventos fora da unidade como a celebração ao Dia da Luta Antimanicomial, na última sexta-feira, dia 16.

Todo final de mês eles ganham um bolo para os aniversariantes e, em junho, haverá a festa junina do CAPS. Em parceria com o projeto “Tesourinhas do Bem” os pacientes também recebem corte de cabelo.

Valorizamos a construção de um ambiente acolhedor no CAPS, promovendo ações que refletem nosso carinho e empatia. A celebração dos aniversariantes ao final de cada mês é um desses momentos especiais, fortalecendo laços e proporcionando um espaço de afeto. Além disso, nos dedicamos a outras festividades importantes, como a luta antimanicomial, a festa de São João e o Dia Internacional das Mulheres, sempre com o propósito de promover acolhimento, fortalecer vínculos e incentivar o sentimento de pertencimento.

A programação diária também inclui oficinas e atividades em grupo.

Oficinas terapêuticas
Segunda:
8h às 8h30 Alongamento / 8h às 11h Terapia Ocupacional
Terça: 8h às 11h Terapia Ocupacional / 9h30 às 10h30 Yoga Terapia
Quarta: 7h às 8h eio ao ar livre / 9h às 11h Atividades lúdicas / 12h30 Oficina de música / 13h30 Técnicas de respiração e meditação guiada
Quinta: 8h30 às 10h30 Alongamento / 9h30 às 10h30 Yoga terapia
Sexta: 7h10 às 8h Atividade física / 9h Oficina de música

Grupos terapêuticos
Segunda:
8h Vozes do Coração / 13h Mente Serena
Terça: 8h Mente Serena / 13h Equilíbrio e Transformação
Quarta: 9h30 Superação coletiva / 13h30 Reconectar-se
Quinta: 8h Equilíbrio e Transformação / 13h Mente Serena
Sexta: 8h Mente Serena / 13h Vozes do Coração

Fabiana Galvão é natural de Bragança Paulista, é Chefe de Saúde Mental da Prefeitura de Socorro desde fevereiro, psicóloga
pós-graduada em saúde mental, com mais de vinte anos de atuação.

Fabiana, pode citar qual o maior desafio do CAPS atualmente?
É o preconceito. Muitas pessoas tem receio de procurar atendimento, por medo do julgamento, enfim… Nossa missão é fazer com que a comunidade entenda que o CAPS é para todos, afinal, todos nós temos alguma queixa em relação a nossa saúde mental. O CAPS está de portas abertas para receber qualquer pessoa.

Como psicóloga há mais de vinte anos é um prazer ver os pacientes apresentando melhoras que interferem e, muito, na qualidade de vida como um todo. Então, procurem o CAPS.

Equipe CAPS
Atualmente atuam no CAPS duas psicólogas, dois terapeutas (dois voluntários), uma escriturária, uma assistente social, uma enfermeira, um técnico de enfermagem, um médico psiquiatra, um educador físico, uma servente, um professor de música e uma cozinheira, terapeuta ocupacional. Lembrando que o CAPS trabalha em parceria com CREAS, (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). E o plano é aumentar a equipe, com mais um médico psiquiatra e um farmacêutico para a futura farmácia.

O CAPS fica à Rua XV de Novembro, nº 288. Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 7h às 16h.